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terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Convivendo com Altos e Baixos



Texto Básico: I Reis 17,18 e 19

Introdução: A bela história de Elias é um claro sinal de que uma pessoa, independentemente de sua fé, espiritualidade, e firmeza de propósitos, é passível de passar por altos e baixos na sua caminhada com Deus. Vejamos a vida de Elias, aplicando as lições para nossa vida e ministério.

Quando Passamos por “Altos”?

1) Quando Deus nos tira do anonimato e nos coloca no meio de grandes e poderosos para confrontá-los com a Palavra. Elias aparece do nada (Tisbe, uma pequena aldeia) para revolucionar a agenda do rei Acabe e da profana Jezabel (1 Rs 17.1)

2) Quando Deus providencia meios para nosso sustento, usando formas inimagináveis e milagrosas: Corvos, viúvas, pequeno ribeiro, etc. (1 Rs 17.6-9)

3) Quando presenciamos milagres feitos por nosso intermédio: Ressurreição de mortos (17.21,22), fogo do céu (18.38), chuva depois de mais de 3 anos de seca e corrida milagrosa de 25 km à frente do carro do rei (18.46).

4) Quando podemos desafiar quem quer que seja e mostrar que Deus está do nosso lado e pode fazer qualquer coisa por nós (18.39).

5) Quando temos fé suficiente para crermos que uma pequena nuvem, do tamanho da mão de um homem, pode trazer uma violenta tempestade (18.44).

Quando Passamos por “Baixos”?

1) Quando esperamos que as coisas aconteçam de um jeito e acontece de outro: depois da vitória, Elias esperava a aprovação de Jezabel, mas foi surpreendido pela perseguição (1 Rs 19.1,2).

2) Quando ignoramos um claro sinal de Deus: Um anjo lhe acorda com pão e água, ele come e volta a seu estado mórbido anterior: dormir. Se antes uma pequena nuvem era sinal de milagre, agora nem um anjo é capaz de lhe mostrar a vitória (19.15,16).

3) Quando nos isolamos de todos, pensando que somos exclusivos, que tudo gira em torno de nós, e sem nós, a coisa não funciona (19.10)

4) Quando temos a oportunidade de ficar frente a frente com o Altíssimo e ficamos querendo nos justificar, com autocomiseração, fazendo-se de vítima tentando convencer a Deus de nosso extremo zelo (19.14). – Ps: Deus não nos mandou ser extremamente zeloso, mas sim zeloso apenas. Todo extremo é perigoso.

O que Deus Faz?

1) Mostra-nos nosso equívoco: Tem mais gente passando pelo que estamos passando: Sete mil joelhos que não se dobraram a Baal (19.18).

2) Manda-nos fazer o mesmo caminho de volta (sem atalhos), pelo deserto de Damasco: Mais deserto? Deus não alimenta nossa alto-estima (19.15).

3) Dá-nos trabalho para fazer, nos ocupa com uma terapia funcional: Ungir reis e profetas, era o que ele sabia (19.15,16). E já que pediu a morte, Deus prepara seu sucessor: “Unge a Eliseu profeta no seu lugar” (19.16).

 

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Operação Barnabé



Texto Base (At 4.36)

Introdução: Na história do Novo Testamento, vários líderes da igreja se destacam, mas um em especial chama a atenção: Barnabé. Seu nome inicial era José (O Senhor Acrescenta), mas recebeu dos discípulos um apelido que foi agregado ao seu nome: Barnabé (Filho da Consolação). Era levita e, por isso não tinha herança de terras, provavelmente a herdade que vendeu era de sua esposa (Nm 35.6). Tinha lindas qualidades intrínsecas ao seu caráter cristão. Vamos a algumas delas que precisamos por hoje em prática, para realizarmos a "Operação Barnabé".

Quando ninguém faz, eu faço (At 4.37)

Vendeu uma herdade, e trouxe todo o dinheiro. Despertou assim nas pessoas o desejo de contribuir também (At 5). Os versículos anteriores dizem que toda a igreja fazia isso, mas somente ele é destacado, por que? Por que certamente foi ele que puxou a fila. Deus precisa hoje de "puxadores de fila", gente que antes de mandar, faça.

Quando ninguém acredita, eu acredito (At 9.26,27)

Foi Barnabé quem quebrou as barreiras da rejeição ao nome de Saulo de Tarso, contribuindo com sua salvação e aceitação dos apóstolos em Jerusalém (28). Paulo obteve plena liberdade junto à igreja (28). Paulo foi embora por que foi perseguido pelos gregos e não pelos irmãos mais (29), ao contrário, sua saída causou tristeza e comoção na igreja.

Quando ninguém enxerga valores, eu enxergo (At 11.22,25,26)

Paulo foi para Tarso, onde ficou pelo menos dez anos, esquecido pela igreja, vivendo no anonimato e fabricando tendas (Gl 2.1). Barnabé foi enviado pela igreja Sede em Jerusalém, para edificar a nova igreja de Antioquia (22), estava fazendo sua parte ali (23), mas foi buscar Paulo em Tarso para pastorear a obra de Deus, e juntos, sem ciúmes e rivalidades, fizeram um grande trabalho (26). Barnabé enxergou assim em um obreiro esquecido e desprezado, um pastor para aquele momento da igreja.

Quando todos desistem, eu ainda insisto (At 15.36-39)

Marcos tornou-se cooperador de Paulo e Barnabé, mas apenas duas cidades depois, ele voltou para Jerusalém (At 13.13). Perdeu o ânimo talvez. Quando quis voltar, Paulo não aceitou o seu retorno, não acreditando mais na sua chamada. Mas Barnabé ainda acreditava, e "brigou" com Paulo por ele. Barnabé levou Marcos para Chipre, sua terra natal, e o recuperou para Paulo mesmo, pois ele reaparece, quando todos desprezaram a Paulo, sendo útil para o velho apóstolo (2 Tm 4.11). Depois de recuperar Marcos, Barnabé desaparece. Não se encontra seu nome mais na história sagrada.

 

 

Assuma Seu Chamado



Texto: I Sm 10.1-5/11.1-7

Introdução: A chamada de Saul é um dos mais lindos exemplos de como Deus costuma surpreender nas suas escolhas. Jamais Saul esperava que aquele dia estivesse pré-determinado pelo Senhor, para honrá-lo, como comandante das tropas israelitas. Deus o escolheu em meio a muitos. Ele foi ungido em Rama, escolhido em Mizpá, e proclamado em Gilgal. Mas Entendemos que o maior problema de Saul, foi assumir o seu chamado. Havia nele um complexo inferior muito grande, e não foi fácil prá ele vencer esse complexo. Vamos extrair algumas lições da sua convocação, pois há um chamado especifico de Deus sobre todos nós.

Como se processa o chamado de Deus?

1) Quando uma simples tarefa altera o rumo das coisas. 

Talvez para ele fosse só mais um dia, cuidando de jumentas, ou buscando as que estavam extraviadas. Mas Deus preparou aquele momento para honrá-lo. Às vezes, não queremos repetir uma simples rotina, achando que será só mais uma atividade simples e comum, não pensando que pode ser uma ocasião abençoadora preparada pelo Senhor. As vezes vale a pena seguir uma rotina comum, pois elas são canais de Deus para nos levar a honras inimagináveis. Saul saiu para buscar jumentas e voltou como rei de Israel.

2) Quando nossos recursos acabaram e estamos prestes a desistir de tudo. 

Ele levou pães no seu alforge, que após três dias de viagem, se acabaram. Dinheiro também não tinha, e sentia-se constrangido de ir ao profeta sem ter um presente ou dote para levar. Foi socorrido então por seu auxiliar, que o emprestou um quarto de siclo de prata para dar ao profeta. Ah! Se não fosse aquele empréstimo. Teria voltado para casa como caçador de jumentas e jamais como rei de Israel. Eis uma linda lição: Quando os recursos acabarem-se não desista ainda. Tome emprestado e receba o milagre. Eliseu usou esse princípio (2 Rs 4). Até o próprio Senhor Jesus fez isso (Jo 6.9, Lc 11.3)

3) Quando nossa aparência é vencedora, mas a atitude é de derrotado. 

De nada adiantava aquela aparência de rei que ele tinha, se por dentro se julgava o menor e o mais inferior de todos os homens (9.21). Se Deus o tinha chamado é por que viu nele algo diferenciado dos demais. Às vezes somos assim também, temos jeito de vencedor, mas atitudes de um derrotado, murmurando e reclamando da sorte fazendo ouvidos moucos ao chamado divino. Sua chamada não depende de sua origem ou procedência, nem de sua genealogia, nem mesmo de ser apadrinhado por um “costa quente”. Seu chamado é um decreto que partiu do trono de Deus, e por isso, ninguém poderá frustrar a santa vontade divina.

Três fases após o chamado

Após a unção segue-se um período de tempo, em que seremos provados com vistas a termos o selo de aprovação divina. Tão logo Samuel ungir Saul como rei, foram proferidas de sua boca uma anunciação profética, sobre os passos seguintes da chamada, que podemos considerar como fases pós-chamado. 

1) A Fase do cemitério 

Partindo-te hoje de mim, acharás dois homens junto ao sepulcro de Raquel, no termo de Benjamim, em Zelza, os quais te dirão: Acharam-se as jumentas que foste buscar, e eis que já o teu pai deixou o negócio das jumentas e anda aflito por causa de vós, dizendo: Que farei eu por meu filho? (1 Sm 10.2) O profeta avisa-o que dois homens posicionados junto ao cemitério tentariam dissuadi-lo do chamado. Iriam dizer que seu pai estava preocupado com ele, devido a seu sumiço. Vejo dois erros aqui: 

1) Homens no cemitério. O que faziam ali? Quem vive em cemitério vive próximo a morte, e segue rituais macabros. São pessoas frustradas, que já viveram o que tinham que viver, agora vegetam e tentam levar mais pessoas com eles. São falidos espirituais. Cuidado com essa gente. 

2) Ficou provado mais tarde que aqueles homens mentiam, pois nos textos seguintes não se acha seu pai reclamando do seu sumiço. Fuja das pessoas que vivem em cemitérios espirituais.

2) Fase da dignidade e revelação do que irá nos manter 

E, quando dali passares mais adiante e chegares ao carvalho de Tabor, ali te encontrarão três homens, que vão subindo a Deus a Betel: um levando três cabritos, o outro, três bolos de pão, e o outro, um odre de vinho. E te perguntarão como estás e te darão dois pães, que tomarás da sua mão  (1 Sm 10. 3,4). Era um novo momento para Saul. Aquela vidinha velha e sem sentido havia terminado, e ali, profeticamente Samuel revelou o que o manteria daquele momento em, diante: Cabritos (sacrifícios), três pães (Palavra) e um odre de vinho (sangue de Jesus). Qualquer pessoa só consegue manter a chama de sua chamada acesa com esses três ingredientes.

3) Fase da mudança de relacionamentos 

Então, virás ao outeiro de Deus, onde está a guarnição dos filisteus; e há de ser que, entrando ali na cidade, encontrarás um rancho de profetas que descem do alto e trazem diante de si saltérios, e tambores, e flautas, e harpas; e profetizarão. E o Espírito do Senhor se apoderará de ti, e profetizarás com eles e te mudarás em outro homem. (1 Sm 10.5e6). Era um novo momento para Saul. Agora ele era rei. Tinha que mudar os relacionamentos pessoais, por isso Samuel ordenou que ele entrasse no meio dos profetas, e fosse cheio do Espírito Santo. Teria que aprender a andar com pessoas comprometidas com a unção. Somente assim seria mantido espiritualmente. Aprendemos aqui que o ungido tem que escolher e selecionar seus relacionamentos. Foi por não saber se relacionar com pessoas certas que Sansão perdeu a unção. Cuidado.

 Perigos de não assumirmos o chamado

1) O perigo das bagagens 

“Então, tornaram a perguntar ao Senhor se aquele homem ainda viria ali. E disse o Senhor: Eis que se escondeu entre a bagagem” (1 Sm 10.22). Ele já havia sido ungido rei. Era hora de se apresentar e mostrar-se ao povo. Era o momento da consagração e aprovação popular, mas quando Samuel o procura, ele está atrás das bagagens. Esconder-se em bagagens mostra a falta de confiança no chamado e em quem te chamou. Hoje, muitas pessoas estão escondidas, alegando timidez, despreparo, inexperiência, etc. Mas cuidado, Deus não aceita isso de nenhum de seus chamados, e é bom dizer que sempre o Senhor insistirá. É melhor assumir logo e deixar essas bagagens, que são incapazes de nos esconder diante dele

2) O perigo de voltarmos para casa e notarmos que nada aconteceu, que tudo continua na mesma 

Outro grave erro cometido por Saul foi ser ungido, e ao invés de ir para o palácio, foi para sua casa, voltando a rotina diária de empregado de seu pai. Talvez, deve ser por ter chegado em casa e não ter visto nada de diferente acontecer. Tudo estava normal. Mas para ele, o reinado tinha que estar no coração e não nas aparências exteriores. Temos que entender que o chamado divino, independe de circunstâncias momentâneas. Ele era rei e ponto final, ainda que alguns duvidassem (1 Sm 11.2-13).

 3) O perigo de voltarmos aos bois 

“E eis que Saul vinha do campo, atrás dos bois; e disse Saul: Que tem o povo, que chora? E contaram-lhe as palavras dos homens de Jabes”.(1 Sm 11.5). O que se espera de um rei é que assuma realmente o trono, treine o exército, e defenda o povo de ataques inimigos. Porém Saul voltou à velha rotina de cuidar de bois, enquanto os amonitas atacavam seu povo, ameaçando-os deixá-los cegos. Foi debaixo da ameaça de uma catastrófica calamidade que Saul revoltou-se e finalmente assumiu o reino que de direito já era seu, mas de fato ainda não era, pois o rei ao invés de estar no palácio, estava no campo atrás do gado. Cuidado com os bois que te impedem de assumir o que Deus tem para ti. Mate os bois e assuma seu chamado.

 

Ação de Despejo

Texto: (Ne 13.7-9)

Neemias teve três grandes inimigos na reconstrução dos muros de Jerusalém: Gesém, Sambalate e Tobias. Dos três, o pior era Tobias: maldoso, fraudulento, imprestável, politiqueiro, ciumento, etc. Foi quem mais irritou a Neemias, a ponto de ter seus móveis despejados do templo. Era inimigo ferrenho do povo de Deus, mas adotou uma tática perigosa para se aproximar e lucrar vantagens.

Era dissimulado, pois, seu nome significava: “O Senhor é bom”, mas nunca refletia isso no seu caráter. Se aliou a inimigos, numa amizade de conveniência com Gesém, um arábio e Sambalate, horonita. Os três não se suportavam, mas para destruir Neemias e parar a construção do muro, adotaram a nefasta prática do vale tudo até mesmo forjar uma falsa amizade.

1) Táticas usadas pelos inimigos:

  a) No sonho da obra: zombaria e desprezo: insinuação de rebelião ao rei.

  b) No meio da obra: minimização de capacidade: Uma raposa derruba o muro. Ira e revolta pelo progresso da obra, unindo-se para pará-los a todo o custo.

  c) No final da obra: tentativa de união profana. Vamos fazer um culto juntos: Estou fazendo uma grande obra. Não posso parar. Nunca vou me unir a quem quer o mal do povo de Deus;

  d) No acabamento: suborno para levá-lo ao templo. Valeu até profetas falsos para pará-lo, fazendo-o pecar contra Deus, encerrando o projeto.

 2) O inimigo vai tentar por fim participar da benção que Deus te deu. Por anuência do sumo sacerdote Eliasibe, Tobias vai morar nas dependências do templo, após aparentar-se com ele,. Aproveitando-se da ausência de Neemias, muda-se exatamente no lugar onde se recolhiam os dízimos e a alimentação dos levitas e sacerdotes, atrapalhando a vida espiritual do povo de Deus.

 3) Neemias foi enérgico e fez o despejo da Casa de Deus do: “Fiquei muito zangado e joguei fora tudo o que tinha no quarto. Então exigi que o quarto fosse purificado completamente...”(Ne 13.8).

 Aplicação e conclusão: Precisamos como Neemias decretar ação de despejo contra os inimigos da vida espiritual e fervorosa. Sinta raiva, tenha ódio do pecado que te destrói. Ire-se contra as imposições do inimigo, e em nome de Jesus, decrete ação de despejo, expulsando os Tobias de sua vida.

domingo, 24 de julho de 2022

Um Herói em Fraqueza!!!

Os Inimigos do Ungido

 Texto: (1 Sm 16,17)

Introdução: Toda pessoa ungia e vocacionada por Deus, sempre será alvo de perseguições, e muitas vezes, arruma inimigos gratuitos, que não aceitam o fato de Deus escolher quem Ele quer. Para a salvação, há um chamamento universal. Todos somos predestinados para salvação em Cristo, mas para o ministério, nem todos são chamados. A escolha do Senhor é pessoal, inquestionável e específica (Mc 3.13).

Foi assim com o desprezado e esquecido Davi. Nem imaginava que aquela visita de Samuel à sua casa, alteraria sua vida definitivamente. Embora estando fora do contexto, ele foi o escolhido e chamado de última hora, para participar do banquete que seu pai organizou em comemoração à escolha de um de seus filhos para o trono em Israel.

Aquela escolha mudou completamente a vida daquele jovem. A partir de então, ao mesmo tempo que foi cheio da unção do Espirito em sua vida, adquiriu vários inimigos, nos ensinando lições preciosas de como tratá-los e vencê-los, à luz da Palavra. Quem eram os inimigos e como vencê-los? O não ungido – Eliabe seu irmão primogênito, o ex-ungido – Saul, um rei caído que tinha medo de perder o trono, e o anti-ungido – Golias, o terrível gigante filisteu. Vamos analisá-los:

1) O Não ungido – Eliabe (16.7)

• Eliabe tinha tudo para ser o escolhido: O primogênito, o mais belo, o mais alto. E ao lermos o contexto vemos que ele nem quis passar pelo ritual de purificação ordenado por Samuel aos filhos de Jessé (1 Sm 16.5). Tão logo a comitiva de candidatos entrou na casa para o banquete, Eliabe lá estava, já esperando presunçosamente, como primogênito que era, a unção real. Errou terrivelmente. Deus não vê como vê o homem. (1 Sm 16.6)

• Seu comportamento em relação ao ungido Davi, mostra o por que dele ter sido rejeitado: Uso de armas satânicas contra o ungido Davi.

- Descaracterização (1 Sm 17.28). Você nem pastor de ovelhas é direito, (poucas ovelhas) e quer ser guerreiro?

- Imposição de Personalidade: Você é maldoso e presunçoso (mentira era ele que era). Quem foi pra casa mais cedo esperando a unção foi ele (16.6).

* Como Davi respondeu? Desviou-se dele e foi falar a outro, pois nunca ele iria entender de unção. (1 Sm 17.30). Deu-lhe as costas pois Eliabe não passava de um mero frustrado. Perdeu direitos que julgava serem seus e vivia tentando desestimular o ungido de Deus.

2) O Ex-ungido – Saul (16.1)

• Foi o escolhido como o primeiro rei de Israel, mas foi rejeitado pelo Senhor por ter prevaricado contra Deus e perdido a unção (1 Sm 18.12). Uma pessoa se torna “ex” alguma coisa por três maneiras: Deposição, Finalização de tempo de mandato, ou Rejeição. Rejeição foi o caso de Saul. Deus o rejeitou sumariamente (1 Sm 16.1), e repreendeu Samuel que ainda mostrava algum sentimento por ele.

• Quais são os sintomas de um ex-ungido?

a) Medo e falta de coragem de encarar situações extremas. Tenta ganhar tempo empurrando com a barriga (1 Sm 17.11).

b) Desanimo e tentativa de matar a chamada de um ungido do Senhor (1 Sm 16.33).

c) Vestir e armar o ungido com suas armas e roupas fracassadas (1 Sm 17.38). Roupas e armas de ex, não servem a ungido. Isto é uma tentativa de humanizar a conquista, tirando a glória de Deus.

• O que fez Davi?

a) Encorajou o rei medroso (1 Sm 17.32)

b) Contou-lhe experiências secreta que teve com Deus no pastoreio de ovelhas de seu pai (1 Sm 17.34,35).

c) Preferiu usar armas as quais já estava acostumado no seu dia a dia (1 Sm 17.40).

3) O Anti-ungido – Golias

• O princípio número um do anti-ungido é matar e destruir o ungido. Golias é contra a qualquer ungido de Deus, e tudo fará para destruí-lo.

• Quais são suas armas?

a) Desprezo: “...e vendo a Davi, o desprezou...” (1 Sm 17.42)

b) Zombaria: “...Sou eu algum cão?” (1 Sm 17.42)

c) Ameaças: “...darei a tua carne as aves do céu...” (1 Sm 17.44)

• Como responder a isso?

a) Mostrando a verdadeira arma: Cinco pedrinhas, significando Is 9.6: “...seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz”. Qual dessas cinco pedras o leitor acha que ele usou? Provavelmente tenha sido a Pedra Deus Forte.

b) Usando princípios aprendidos no passado (ferir e depois matar). Davi já havia feito isso com o leão e o urso (1 Sm 17.35). As experiências vencedoras do passado não podem ser ignoradas na luta contra o anti ungido.

c) Usando a própria espada de Golias. O anti ungido morre no seu próprio veneno: “Cavou um poço e o fez fundo, e caiu na cova que fez” (Sl 7.15).

Operação Barnabé

 Texto Base (At 4.36)

Introdução: Na história do Novo Testamento, vários líderes da igreja se destacam, mas um em especial chama a atenção: Barnabé. Seu nome inicial era José (O Senhor Acrescenta), mas recebeu dos discípulos um apelido que foi agregado ao seu nome: Barnabé (Filho da Consolação). Era levita e, por isso não tinha herança de terras, provavelmente a herdade que vendeu era de sua esposa (Nm 35.6). Tinha lindas qualidades intrínsecas ao seu caráter cristão. Vamos a algumas delas que precisamos por hoje em prática, para realizarmos a "Operação Barnabé".

Quando ninguém faz, eu faço (At 4.37)

Vendeu uma herdade, e trouxe todo o dinheiro. Despertou assim nas pessoas o desejo de contribuir também (At 5). Os versículos anteriores dizem que toda a igreja fazia isso, mas somente ele é destacado, por que? Por que certamente foi ele que puxou a fila. Deus precisa hoje de "puxadores de fila", gente que antes de mandar, faça.

Quando ninguém acredita, eu acredito (At 9.26,27)

Foi Barnabé quem quebrou as barreiras da rejeição ao nome de Saulo de Tarso, contribuindo com sua salvação e aceitação dos apóstolos em Jerusalém (28). Paulo obteve plena liberdade junto à igreja (28). Paulo foi embora por que foi perseguido pelos gregos e não pelos irmãos mais (29), ao contrário, sua saída causou tristeza e comoção na igreja.

Quando ninguém enxerga valores, eu enxergo (At 11.22,25,26)

Paulo foi para Tarso, onde ficou pelo menos dez anos, esquecido pela igreja, vivendo no anonimato e fabricando tendas (Gl 2.1). Barnabé foi enviado pela igreja Sede em Jerusalém, para edificar a nova igreja de Antioquia (22), estava fazendo sua parte ali (23), mas foi buscar Paulo em Tarso para pastorear a obra de Deus, e juntos, sem ciúmes e rivalidades, fizeram um grande trabalho (26). Barnabé enxergou assim em um obreiro esquecido e desprezado, um pastor para aquele momento da igreja.

Quando todos desistem, eu ainda insisto (At 15.36-39)

Marcos tornou-se cooperador de Paulo e Barnabé, mas apenas duas cidades depois, ele voltou para Jerusalém (At 13.13). Perdeu o ânimo talvez. Quando quis voltar, Paulo não aceitou o seu retorno, não acreditando mais na sua chamada. Mas Barnabé ainda acreditava, e "brigou" com Paulo por ele. Barnabé levou Marcos para Chipre, sua terra natal, e o recuperou para Paulo mesmo, pois ele reaparece, quando todos desprezaram a Paulo, sendo útil para o velho apóstolo (2 Tm 4.11).  Depois de recuperar Marcos, Barnabé desaparece. Não se encontra seu nome mais na história sagrada.

 

Assuma Seu Chamado

 

Texto: 1 Sm 10.1-5/11.1-7

Introdução: A chamada de Saul é um dos mais lindos exemplos de como Deus costuma surpreender nas suas escolhas. Jamais Saul esperava que aquele dia estivesse pré-determinado pelo Senhor, para honrá-lo, como comandante das tropas israelitas. Deus o escolheu em meio a muitos. Ele foi ungido em Rama, escolhido em Mizpá, e proclamado em Gilgal. Mas Entendemos que o maior problema de Saul, foi assumir o seu chamado. Havia nele um complexo inferior muito grande, e não foi fácil prá ele vencer esse complexo. Vamos extrair algumas lições da sua convocação, pois há um chamado especifico de Deus sobre todos nós.

Como se processa o chamado de Deus?

1) Quando uma simples tarefa altera o rumo das coisas: Talvez para ele fosse só mais um dia, cuidando de jumentas, ou buscando as que estavam extraviadas. Mas Deus preparou aquele momento para honrá-lo. Às vezes, não queremos repetir uma simples rotina, achando que será só mais uma atividade simples e comum, não pensando que pode ser uma ocasião abençoadora preparada por Deus. Às vezes vale à pena seguir uma rotina comum, pois elas são canais de Deus para nos levar a grandes vitórias. Saul saiu para buscar jumentas e voltou como rei de Israel.

 

2) Quando nossos recursos acabaram e estamos prestes a desistir de tudo: Ele levou pães no seu alforge, que após três dias de viagem, acabaram-se. Dinheiro também não tinha, e sentia-se constrangido de ir ao profeta sem ter um presente ou dote para levar. Foi socorrido então por seu auxiliar, que o emprestou um quarto de siclo de prata para dar ao profeta. Ah! Se não fosse aquele empréstimo. Teria voltado para casa como caçador de jumentas e jamais como rei de Israel. Eis uma linda lição: Quando os recursos acabarem-se não desista ainda. Tome emprestado e receba o milagre. Eliseu usou esse princípio (2 Rs 4). Até o próprio Senhor Jesus fez isso (Jo 6.9, Luc 11.3)

 

3) Quando nossa aparência é vencedora, mas a atitude é de derrotado: De nada adiantava aquela aparência de rei que ele tinha, se por dentro se julgava o menor e o mais inferior de todos os homens (9.21). Se Deus o tinha chamado é por que viu nele algo diferenciado dos demais. Às vezes somos assim também, temos jeito de vencedor, mas atitudes de um derrotado, murmurando e reclamando da sorte, fazendo ouvidos moucos ao chamado divino. Sua chamada não depende de sua origem ou procedência, nem de sua genealogia, nem mesmo de ser apadrinhado por um “costa quente”. Seu chamado é um decreto que partiu do trono de Deus, e por isso, ninguém poderá frustrar Sua santa vontade de te usar.

 

Três fases após o chamado

Após a unção segue-se um período de tempo, em que seremos provados com vistas a termos o selo de aprovação divina. Tão logo Samuel ungir Saul como rei, foram proferidas de sua boca uma anunciação profética, sobre os passos seguintes da chamada, que podemos considerar como fases pós-chamado.

 

1) A Fase do cemitério: Partindo-te hoje de mim, acharás dois homens junto ao sepulcro de Raquel, no termo de Benjamim, em Zelza, os quais te dirão: Acharam-se as jumentas que foste buscar, e eis que já o teu pai deixou o negócio das jumentas e anda aflito por causa de vós, dizendo: Que farei eu por meu filho? (1 Sm 10.2) O profeta o avisa que dois homens posicionados junto ao cemitério tentariam dissuadi-lo do chamado. Iriam dizer que seu pai estava preocupado com ele, devido a seu sumiço. Vejo dois erros aqui: 1) Homens no cemitério. O que faziam ali? Quem vive em cemitério vive próximo a morte, e segue rituais macabros. São pessoas frustradas, que já viveram o que tinham que viver, agora    vegeta e tenta levar mais pessoas com eles. São falidos espirituais. Cuidado com essa gente. 2) Ficou provado mais tarde que aqueles homens mentiam, pois nos textos seguintes não se acha seu pai reclamando do seu sumiço. Foge deles.

 

2) Fase da dignidade e revelação do que vai nos manter: E, quando dali passares mais adiante e chegares ao carvalho de Tabor, ali te encontrarão três homens, que vão subindo a Deus a Betel: um levando três cabritos, o outro, três bolos de pão, e o outro, um odre de vinho. E te perguntarão como estás e te darão dois pães, que tomarás da sua mão (1 Sm 10.3,4). Era um novo momento para Saul. Aquela vidinha velha e sem sentido havia terminado, e ali, profeticamente Samuel revelou o que o manteria daquele momento em, diante: Cabritos (sacrifícios), três pães (Palavra) e um odre de vinho (sangue de Jesus). Qualquer pessoa só consegue manter a chama de sua chamada acesa com esses três ingredientes.

 

3) Fase da mudança de relacionamentos: Então, virás ao outeiro de Deus, onde está a guarnição dos filisteus; e há de ser que, entrando ali na cidade, encontrarás um rancho de profetas que descem do alto e trazem diante de si saltérios, e tambores, e flautas, e harpas; e profetizarão. E o Espírito do Senhor se apoderará de ti, e profetizarás com eles e te mudarás em outro homem. (1 Sm 10.5,6). Era um novo momento para Saul. Agora ele era rei. Tinha que mudar os relacionamentos pessoais, por isso Samuel ordenou que ele entrasse no meio dos profetas, e fosse cheio do Espírito Santo. Teria que aprender a andar com pessoas comprometidas com a unção. Somente assim seria mantido espiritualmente. Aprendemos aqui que o ungido tem que escolher e selecionar seus relacionamentos. Foi por não saber se relacionar com pessoas certas que Sansão perdeu a unção. Cuidado.

 

Perigos de não assumirmos o chamado

1) O perigo das bagagens: “Então, tornaram a perguntar ao Senhor se aquele homem ainda viria ali. E disse o Senhor: Eis que se escondeu entre a bagagem” (1 Sm 10.22). Ele já havia sido ungido rei. Era hora de se apresentar e mostrar-se ao povo. Era o momento da consagração e aprovação popular, mas quando Samuel o procura, ele está atrás das bagagens. Esconder-se em bagagens mostra a falta de confiança de que é um chamado. Hoje, muitas pessoas estão escondidas, alegando timidez, despreparo, inexperiência, etc. Mas cuidado, Deus não aceita isso de nenhum de seus chamados, e é bom dizer que Ele insiste com quem é chamado. É melhor assumir logo e deixar essas bagagens, que são incapazes de nos esconder diante do Senhor.

 

2) O perigo de voltarmos para casa e notarmos que nada aconteceu, que tudo continua na mesma. Outro grave erro cometido por Saul foi ser ungido, e ao invés de ir para o palácio, foi para sua casa, voltando a rotina diária de empregado de seu pai. Talvez, deve ser por ter chegado em casa e não ter visto nada de diferente acontecer. Tudo estava normal. Mas para ele, o reinado tinha que estar no coração e não nas aparências exteriores. Temos que entender que o chamado Divino, independe de circunstâncias momentâneas. Ele era rei e ponto final, ainda que alguns duvidassem (1 Sm 11.12,13).

 

3) O perigo de voltarmos aos bois: “E eis que Saul vinha do campo, atrás dos bois; e disse Saul: Que tem o povo, que chora? E contaram-lhe as palavras dos homens de Jabes”.(1 Sm 11.5). O que se espera de um rei é que assuma realmente o trono, treine o exército, e defenda o povo de ataques inimigos. Porém Saul voltou à velha rotina de cuidar de bois, enquanto os amonitas atacavam seu povo, ameaçando-os deixá-los cegos. Foi debaixo de ameaçava de uma calamidade que Saul revoltou-se e finalmente assumiu o reino que de direito já era seu, mas de fato ainda não era, pois o rei ao invés de estar no palácio, estava no campo atrás do gado. Cuidado com os bois que te impedem de assumir o que Deus tem para ti.

 

Conclusão: Mate os bois e assuma seu chamado.